1.31.2009

Depois que te li tudo se abriu em flores de pétalas aveludadas, expansivas por natureza, de um violeta longíquo inalcansável mas de uma leveza de piruetas aquáticas. A revelação deslizada do vento disfigurado revelando a face do susto de viver. Da alegria e da celebração ostentada. Eu tenho a verdade sonhada. Descobri uma realidade inventada para gastar agora. A energia é infinita e o desejo nunca acaba: minha liberdade é o universo e o amor é minha casa.

1.29.2009

objectivity is freedom

1.24.2009

Outside

Give them health, let them breath, give them love, patterns, give them eager to be alive; next time ill listen to my mind. And just do it. You will feel it somehow a second voice inside your head, but still your voice. You gotta do what that says, right in time. And you'll find out that what has got to be would be there and you would feel an uncanny common sense, you'll recognize it. You see, the great connection of beauty upon the matching of things, how they come along together, thats what it matters.

1.12.2009

La Vergine Cacciatrice



"How list every female resort with prospects for the hunter?
Sand-grains are fewer. Why tell of Baiae with its yacht-fringed beaches and hot sulphurous thermal baths?
I met one tourist who came back home from there with a nasty hole in his heart, said the waters weren't half as healthy as report made out.
Then there's Diana's woodland shrine, not far from the city, with its murderous slave-priest - Diana's a virgin, detests the shafts of Cupid: that's why people who go in the woods always get hurt, always will."

1.11.2009

Ausência

"Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada."

Vinícius de Moraes