12.05.2007

retrato 4 (inacabado)



modelo vivo
óleo sobre tela

10.26.2007

Retrato II


modelo vivo
óleo sobre tela

10.24.2007

Fabio



modelo vivo
óleo sobre tela

10.22.2007

baleias nao nadam; flutuam no mar dos sonhos como um fardo pesado inconciente no meu mar adentro. mas elas vivem na selva do aquário enquanto nado, chegam tubaroes e me perseguem, nadamos todos juntos no fundo do mar, quando saio para a areia vejo algumas baleias encalhadas, nao ha nada.
ao acordar percebo me em sono pesado, embaçada a realidade escodida em meus temores símbolos. são meus impulsos estagnados, vontades estocadas nas gavetas do corpo. Elas pesam em mim como as baleias encalhadas na praia. é querer sair, correndo, mas sentir-se arrastando.

10.10.2007

Janela

Eu tava bem, tava sossegada… viver daquela maneira tava muito facil. Tudo era comodo, sem graça.
Um dia a sorte bateu na minha janela, bateu bem alto, para escutar mesmo.
Levei um susto.
Nao a reconheci no começo, achei que era engano. Nao… na verdade eu num tava nem aí, nao queria saber quem era, nao tava esperando visita nenhuma. E mesmo se tivesse, acharia mais normal que batessem na porta, nao na janela…
Mas que jeito estranho de alguem bater na janela dos outros, que falta de respeito.
Pelo menos é um jeito diferente…. E ta tudo tao igual na minha vida…
Acho que vou ver quem é.
- Quem é você?
- Eu nao sou, eu estou. Eu vou andando por ai… eu estou no ar. Eu sou um sonho bom, sou a energia da vida. Eu apenas aviso que cheguei. Assim desse jeito, batendo na janela das pessoas. Geralmente ninguem abre pra ver quem é. Talvez por causa do barulho, elas nem me ousssam. Ou nao querem ouvir.

Achei suspeito porém, curioso.

9.28.2007

Minha alma nao fala entao nao me peça para falar de minhas dores, elas não tem palavras. Não sei traduzir pedra em fato, pois ela é justamente a ausência dele, concreto desejo inanimado, cerne de meu coracao, minha angústia não quebra em pedaços explicáveis. mas as pontas dos meus dedos estão geladas. hoje sou arvore, hoje sou nada, escolhi viver sem olhar para os lados, minha frente que me atropela. lançando meu destino ao momento já, me sinto a morte e acredite, nunca me senti tão viva. é uma vida dolorida, as vezes esqueço onde estou mas sinto que sou a todo instante. Por isso, nao me pergunte por ontem, ontem eu não existo.

9.04.2007

Me leve às estreitas vigas da sua caverna subterrânea. Me deixe só no escuro húmido. Morcegos, macacos, bezouros e ratos habitam aqui. Cada qual com seu passo. Desputam espaços apertados. Todos queremos sair vivos.
Você vem pra perto, sua raiva me dá energia, ira transformada O segundo de luz brilha eterno na mente e no corpo.
Distante infinito diamante etéro meus olhos.
Para quem? Para sua felicidade falsa que invejo. rejeitei-a e invejei-a. A felicidade. Se falsa, rejeito; se só, invejo. Tudo é um pouco de tudo dependendo do espaço e tempo. Condição, acasos e álcool. De vezes entendiada escolho a parte pobre, na espera de te afundar até não poderes sair mais de seu poço forçado.
Só queria te ter por inteiro de uma vez. Sentir com tudo no impulso a primeira vez completa, placa metalizada na testa.

aquarela

9.02.2007

Então é assim, os covardes não enxergam por medo. Pois eles sabem que não conseguiriam. Os que vêem devem sofrer sozinhos as consequências da supraconsciência. Saber é mais difícil que rejeitar. O despertar deve ascender, carregar, e com muito esforço tranguedir as almas pequenas com a esperança de trunfo.

8.20.2007

"Catherine liked high places
High up, high up on the hills
A place for making noises
Like whales
Noises like the whales

Here she built a chapel
With her image
Her image on the wall
A place where she could rest and rest
And a place where she could wash
And listen to the wind blowing"

8.08.2007

algumas pessoas sentem preguiça, outras inveja eu, sinto raiva
sinto da raiva de você não saber quem eu sou
e medo de talvez você achar que me limito a isso
sinto raiva de você ter desistido antes de tentar
mais raiva ainda de você ter ido embora
você será eternamente responsável por ter me cativado
sinto raiva de ainda não ter te esmagado esse fato na cara
sinto raiva do seu longo sumiço
sinto raiva de não ter te aproveitado enquanto pude
sinto raiva de ter sido covarde perante sua vontade
sinto raiva da sua atual falta de vontade
sinto raiva de não termos tido mais tempo
sinto raiva das suas paixões
sinto raiva da minha igenuidade
sinto raiva da depêndecia incontrolável de me sentir amada por você
não suporto sua indiferença
pois te tenho entre minhas duas mãos cheias de dedos
te toco com o mais profundo sentimento que minha alma ja possuiu
que palavras belas não acompanhariam sua vasta condenação
de me ser quando quiser

8.06.2007

i came above thruoghout my harsh eyes to watch the blinding shawdows of themselves, smuggling painfully my living will and slowly carving my passion onto rocks.

7.20.2007

its so thrilling dark to fell lonely at heart
no belonging, no felling touch, a void as a soul
it hurts so hard to feel empty, like nothing weights the whole world
inside my body its rotten
its fallen in pieces i cant even reconize myself sometimes
to fell unkown its to fell suffer from nowhere
until you realize you cant find the reasons why
there are no reasons at the end, only the pain of being sad
i wish i could steal all your sorrows
but i cant put up with mine

6.25.2007

O caminho a ser seguido nos é sabido do fundo de cima e contado por furos segundos de mundos, que nos habita relapsos de abuso contínuo, secretamente obtuso, abstrato.
Não sei ao certo em que passo me vejo, reclusa de tempo porém plena de espaço.
Instantes de laços.
Brilhantes em hastes circundantes,
vermelho sangue,
verde tocante,
azuis opacos.

6.14.2007

E quem me dera sumir daqui, entrar debaixo da mesa selada e por la reencarnar em águia, suspensa e livre.
Sem a massa preta, encéfala pesante sobre meu ser.

Nao ser.

Mais e sempre nunca.

Antes.

Depois só o fim de um novo retorno.

Eu não preciso deles assim como eles anceiam por mim. Jé assumi minha forma limitada material e libertei minha alma para todos os cantos.

Alcançou os outros que já são eu, sempre foram, irreconhecidos e incompreensiveis. Nós.

4.27.2007

Livre de o ser, seria ela. Se me pudesse seria nunca a todo estado sendo alguma coisa nova. E o poder é o está inteiramente además de acontecer. O sucede como princípio criador do agir cujo estado é a repetição sendo.
Não ser é acontecer somente.

4.23.2007

Da noite nasceu você em mim
noturno, azul no breu, veludo no céu de marfim
cheiro de água doce nascente da cachoeira sem fim
sem antes precaver, me percerber, no mergulho profundo me vi
se voltasse à surperfície, não alcaçariam meus pés
se permanecesse, no fundo tocaria minha alma nua, nula, incrédula e pura.
Para merecer te receber de branco.
Arraia nadando rente à areia.
Me arranha.
Suas profundezas me corroem a pele.
queimar. queimar em trovas de trovão ausente. me deslocam, veias tecidos e linhas. Das mais finas aos fios de cabelos que te sentem, por todas as pontas atentas. Antenas para as suas entranhas terrenas.
Raizes da lua, para quem possa cuidá-las do chão, e que te mereça, com todas as penas para pular de cabeça e voar antes que se esqueça.

4.10.2007

E quem me dera sumir daqui, entrar debaixo da mesa selada e por la reencarnar em águia, suspensa e livre.
Sem a massa preta, encéfala pesante sobre meu ser.

Nao ser.

Mais e sempre nunca.

Antes.

Depois só o fim de um novo retorno.

Eu não preciso deles assim como eles anceiam por mim. Jé assumi minha forma limitada material e libertei minha alma para todos os cantos.

Alcançou os outros que já são eu, sempre foram, irreconhecidos e incompreensiveis. Nós.

3.14.2007



" Passava as manhãs sentada junto à mesa olhando os dedos, as unhas lisas e rosadas. Será que todo mundo sabe o que eu sei? ocorria-lhe profundamente. Procurava distrair-se desenhando as linhas retas sem auxílio de régua - mas onde estava o encanto do trabalho? sem poder precisar melhor parecia-lhe que falhava a todo instante. Às vezes falava alto algumas palavras e enquanto ouvia parecia-lhe numa estranheza inquieta e deliciosa que ela não era ela mesma e surpreendia-se num susto que era também mentira. E depois noutra estranheza fraca e embriagada, ela era ela mesma. Dizia numa pequena voz aborrecida, balançando a cabeça; pois não estou contente. Ou entrava a viver numa exaltação íntima, numa pureza ardente cujo ínicio era uma imperceptível falsidade. Sabia ainda fechar os olhos e cerrar-se numa força bruta. Entreabria então as pálpebras com delicadeza como deixando a força escoar-se lentamente - e enxergava as coisas sob uma certa luz de crepúsculo dourado, flutuando num fulgor trêmulo, clareadas e finas; o ar entre elas era tenso e e frio, os ruídos se aguçavam em agulhas velozes. Cansada, de súbito abria os olhos inteiros, deixava a força em liberade - num estrondo mudo as coisas secavam cinzentas, duras e calmas, o mundo afinal. Ou ela renascia como quem estremece, um impulso de surpresa"

(C.L.)