4.23.2007

Da noite nasceu você em mim
noturno, azul no breu, veludo no céu de marfim
cheiro de água doce nascente da cachoeira sem fim
sem antes precaver, me percerber, no mergulho profundo me vi
se voltasse à surperfície, não alcaçariam meus pés
se permanecesse, no fundo tocaria minha alma nua, nula, incrédula e pura.
Para merecer te receber de branco.
Arraia nadando rente à areia.
Me arranha.
Suas profundezas me corroem a pele.
queimar. queimar em trovas de trovão ausente. me deslocam, veias tecidos e linhas. Das mais finas aos fios de cabelos que te sentem, por todas as pontas atentas. Antenas para as suas entranhas terrenas.
Raizes da lua, para quem possa cuidá-las do chão, e que te mereça, com todas as penas para pular de cabeça e voar antes que se esqueça.

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