9.30.2008

eu queria te dizer pra seguir teu caminho que hei de cantar nos pássaros os caminhos mais bonitos, assobios doces de harmonia, nessa dança que te conduzo há de dançar sozinho sob a melodia que te toca. e eu te vejo daqui de longe, sempre atenta a suas escolhas... quando a inspiração transborda eu volto para rodar contigo. Há de haver o tempo certo. tudo tem seu tempo certo. e eu jogo o tabuleiro da minha vida pra cima, as peças se espalham mas caem devolta. Só se encaixam aonde cabem. Novos lugares, chances, ameaças. Solo desconhecido, há vista para o infinito. eu te conduzo, eu te protejo. nao esqueça, meu amor de porcelana, você é artefato precioso, delicado e sensivel. eu não te forço senão quebras, te deixo livre radiar sua beleza melancólica. é tocante a sua face, de leite puro. eu te mordo pra ter um pedacinho seu, quero te engolir para ter um pedaço seu dentro mim. te digerir e absorver suas vitaminas no meu sangue pra sempre. minha luz mágica.

9.20.2008

Aurora


550.

"Conhecimento e beleza. - Se as pesssoas, que como sempre fizeram, guardam sua reverência e seu sentimento de felicidade para obras de imaginação e dissimulação, não deve surpreender que se achem frias e desanimadas ante o oposto da imaginação e dissimulação. O deleite que já vem com o mínimo passo ou progresso seguro e definitivo na compreensão, que da ciência atual já emana abundantemente e para tantos - nesse deleite não acreditam, no momento, todos aqueles que se acostumaram a deleitar-se apenas abandonando a realidade, saltando nas profundezas da aparência. Eles pensam que a realidade é feia: mas não acham que o conhecimento até da realidade mais feia seja belo, nem que quem sabe muito esteja bem longe, enfim, de achar feio o imenso conjunto da realidade, cuja descoberta sempre lhe deu felicidade. Existe, então, algo "belo em si"? A felicidade do homem que conhece aumenta a beleza do mundo e torna mais ensolarado tudo o que há; o conhecimento põe sua beleza não só em torno das coisas, mas, com o tempo, nas coisas; - que a humanidade vindoura dê testemunho dessa afirmação!"

9.11.2008

Crítica

Me foi dada a tarefa de criticar. No instante em que nasci a lua estava no signo de virgem, e o mesmo racional e chato, nascendo no horizonte à essa hora. Sim, cada um tem a sua função (mesmo que esta seja função alguma, acontece) em suas devidas áreas da vida, menos ou mais. Pois bem, eu tenho mais, já que fui agraciada com a signo que busca, utopicamente, a perfeição em meu jeito de agir e sentir. Mas imagine você, um mundo em que todos fazem o que querem do jeito que querem e ninguém comentasse, julgasse ou criticasse? Seria opressor demais. 
Discutir é saudável.
 Quem faz o que quer também escuta o que não quer. Hoje temos cada vez mais rápido meios por onde expor nossas idéias, através por exemplo, desse blog, como tantas outras mídias do mundo moderno sem, graças a deus, vínculos burocráticos. Cada um fala o que quer para quem quiser ouvir através de uma vasta gama de interfaces para se comunicar. É a liberdade de expressão alcançando seu potencial. Eu acho isso mais bom que ruim, e não perderei tempo falando do lado ruim.
O lado bom seria que essa ferramenta me dá (e te dá também, crítico, jornalista, médico, professor, palhaço e você que não entende muito bem a pergunta "o que você é?") a possibilidade de compartilhar meus pensamentos quentes sentidos de maneira meticulosa e crítica, sobre o que observo à minha volta; afim de algo maior, coletivo. A discussão, sim, a interação e o contato com outras maneiras de pensar, a possibilidade de entender o outro lado, pensar estando do lado de fora da caixa. A partir disso, eu me descubro e me realizo. Eu sou assim. Perceba você, que eu provoco, eu desafio, mas é para crescermos juntos. Nunca se sabe quem ganha, mas com uma boa troca de idéias com certeza ninguém sairá perdendo. Penso que muita gente não me entende, e até vejo por quais caminhos chegaram até aí. Mas esses caminhos estão longe da saída do labirinto. Seria bonito que o rancor e o ódio, que sentimos quando nos falta algo, fossem cada vez mais substituídos pelo amor. Uma boa discussão também é regida por amor e ódio, é tão instintivo do ser humano e tão animal ao mesmo tempo. Esses sentimentos complementares, o bem e o mal, moram cada um em uma extremidade de nosso corpo; porém, se olharmos para o lado oposto, veremos eles juntinhos, um no final outro no começo da curva. 
Todavia, lembre-se, só vale a pena brigar com quem tem algo a te acrescentar, de outra maneira, não se desgaste, meu bem; é preciso saber selecionar.
Só sofre à quem serviu a carapuça. Até então, tenho me divertido um bocado.

9.08.2008



it seems that everybody here is thinking about somebody else
... and it's best if we all keep this under our heads

9.07.2008



a ventura que come toda a minha fome

"Why is it that the most direct indicator of self-conciousness combined with rational, abstract cognition, seems to be the capacity for horror, and how is it the case that this condition can only be signified aesthetically through its embodiment in a victim? Most perplexingly - the 'monsters', exert such an attraction upon self-concious beings that they violate not only their victims but also the boundaries of their own genre, ultimately to become not only figures of fun and fantasy, and occasionally figures of awe and wonder in the frequent cases of religions of the monstrous or terrible, but even the role-models which provide for some not only scapist pleasure, but a guide for life?"

Sieg
Infinite Regress

9.04.2008

Ode ao Bode

Booooooooooode
dos que falam por muitas bocas
bode de quem fala coisas desnecessárias só para mostrar aos outros que tem algo à dizer
bode dos que falam demasiado sobre assuntos desinteressantes
bode dos prolixos
bode de quem ri de tudo
bode de quem sempre faz piadas sem graça
bode de quem faz piadas de mau gosto
bode de quem finge que não percebe
bode de quem compreende o que quero dizer e responde ao contrário por necessidade de atitude
BODE DOS SUBMISSOS
bode de quem não sabe elogiar os outros
bode de quem tem que diminuir os outros para se sentir maior
bode dos mau amados
bode dos falsos
bode dos rasos
bode de quem não sabe oq está falando, e fala com PROPRIEDADE
bode de quem acha que tem que saber tudo
bode de quem tem medo de ser si mesmo
bode de quem disfarça que não se acha
bode de quem me cumprimenta amorosamente e me despede sem mal olhar na cara 
bode dos hipócritas
bode dos religiosos moralistas e auto punidores
bode de quem não sabe pedir desculpa
bode de quem não aceita desculpas

BODE DO ORGULHOSO BURRO

O bode me distancia cada vez mais da carne ruim! Graças!

9.01.2008

Advindo Escondido


Desfoque reconhecível;
Enjoativo insaciável;
Altero previsível;
Mutante repetido;
Distante e nítido:

Eu não faço sentido.