2.26.2009

Miss Status Profissional

É um tipo que existe por aí, mais ou menos assim:
Ela conseguiu status profissional notável e usa do mesmo para pisar no calo daquelas amigas que algum dia lhe causaram inveja. Artimanhas sutís de alfinetá-las, talvez inconscientes mas certamente inteligentes. Daquelas que se podem apontar mas nao provar, miss status profissinal não deixa pistas. Amparada por seus contínuos novos "amigos" paga pau, ela sublima desejos reprimidos cuspindo para cima.
Ainda prefiro meu árduo compromisso com a verdade à bajulação hipócrita. Sim, o mundo dá voltas. Atenção à concordância da palavra, não uma, várias voltas. Humildade é divina, não esqueça. Ou, aguarde a resposta.

2.15.2009

Mísera Compulsão

Tenho andado contente e a vontade de escrever já não me desperta tão necessária. Há dias me deixei na estação de trem e esqueci junto meus medos e minha preguiça. Bach me consola a abertura para a beleza do espírito nos desejos mortais do coração, em sua eterna carência, já me supro do tempo agora. Me deixei para traz a mérito de ordem e progresso. Com bom e meticuloso exagero à que me revelo só me resta o por vir, o transformar e surgir. Tudo que entra em mim planta sua semente e meu dever é cuidá-la pra que nossos pensamentos cresçam fortes e coloridos emaranhados dispostos à fruto. E eles chegam assim tão inesperados e divinos que se eu te contasse não seria igual. Porque aquela mulher de malha de linha rosa gasta e embolorada e meias de lã baunilha, compridas encardidas e um gorrinho velho que lhe sobrava no alto da cabeça, temática inverno pueril, ela precisa se desintoxicar das microbactérias que habitam tudo que existe no mundo. ela molhava a ponta de seus longos dedos centrais, seguidos um por um como num acorde, era um gesto praticado há anos mas restava-se latente e contudo sublime, ela tocava a água escorrendo da pia como um harpa que se afina antes de ser tocada. Ele usava aquela pia pública como se fosse sua, e ali honrosamente praticava seu ritual. Depois de aberto a torneira e afinado a água com ela seguia religiosa tradição, curvar-se lentamente, procurar, achar, pegar lentamente, pensar no movimento em outro lugar do espaço, apoiar, olhar, qual o propósito do meu dia? Há de ser limpa, pega-se pedaços de papel e limpa-te! escuta-te à água, testa sua infinitez; o barulho da água é conforto, puro e passa contínuo, ela soa ali limpa e presente, para não se esquecer, não se lembrar de que está sozinha num sábado à noite, alongue-se ao mantra da água corrente. Faça tudo certinho, um por um, organizado, devagar em sua solidão, a água escorre.

2.03.2009

W. B. Yeats
"Espalhei meus sonhos aos seus pés. Caminhe devagar, pois você estará pisando neles."

on Cosmopollity and Strangers

1-I understand and agree with the idea that Sennett points out, that of in modern cities people have an uncomfortable feeling of not really belonging in there, a sense of crisis of citizenship. He explains that by the no involvement global corporations have with the cities in which they operate; the constant instability of the new capitalism that creates impermanent jobs and impermanent offices and finally, the indifference people feel about the physical space in the city. An example of this whole cycle would be that the major corporations that could do something good for the structure of the city and the well being of its citizens are really more interested about making money right away, and that implies firing employees and changing offices whenever necessary. By thinking this way, they don’t build or want an spatial structure in which its employees would feel connected and identified with, they rather choose a place that any selected staff would fit in, meaning, a non-personal environment. If a person can not be identified to a place, find a “home” in there, much likely he or she would not feel embodied within it, he or she would feel indifferent about the place. So here comes again the cycle Sennet mentioned: flexibility leads to standardization that leads to indifference.

2- A stranger is a person who arrives from a distinct place, or nowhere you are aware of, to the spatial boundaries you are placed in and brings qualities that are not inherited nor natural from there. Being so, the stranger can only be considered as if he or she is near to you, creating involvement and possible feelings arisen by similarities and unlikeliness; but even being near he or she is still unknown what may cause us indifference as well (something we gotta change?).