2.25.2010

II

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Caminhava rumo ao alvo à saltos mirados, a coreografia das mãos falantes, sólidas curvas de dedos famintos, dançava ao som das flautas de ouro.
O número próprio, a poça na rua, a pele do bicho, a surpresa sagrada, os encantos da sorte, a palavra de risco -
pelo jeito discreto de sorrir uma ponta dos lábios firmes em concenso, deslizando discreta felicidade.
Os olhos se estendiam e flutuavam no branco saltando realidade, me entendiam ao fundo: viemos de muito perto há um tempo esquecido atrás.
Um conforto ingênuo de coração indefeso, a vulnerabilidade, a proximidade cálida das peles, acanhado suspiro, o cheiro, a paixão.
E quanto a mais conheco mais abandono a razão e o espaço, com inevitável avidez, te redescobir para esquecer denovo.
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